Pânico dentro do banco seria um bom título para um livro, baseado na vida real, com uma personagem principal que podia, por mero acaso, chamar-se Mia. Por isso vou pegar na ideia e contar-vos uma história real, baseada na minha vida, e comigo como personagem principal. Já agora, o livro é de terror.
A 18 de Agosto, a Mia dirige-se a uma sucursal de um banco de seu nome Caixa Geral de Depósitos. Ia apenas para transferir dinheiro e para atribuir um código a um cartão que já o tinha, mas apenas não estava activo. Depois de 40 minutos de espera, é atendida por uma simpática funcionária que tinha praticamente as mamas de fora. Tirando esse pequeno pormenor exposto de uma forma escandalosa, ela lá fez a transferência, mas o que deu realmente problemas foi o cartão. Após minutos feito croma a olhar para um ecrã que devia dizer pouco mais que o nome (verdadeiro) da Mia e que tinha míseros euros disponíveis, ela resolveu dizer o seguinte: "cara p......, eu atribui-lhe um código ao cartão mas só poderá trabalhar com ele amanhã, mas eu ligo-lhe para a avisar assim que estiver disponível." Esperançosa a Mia regressa a casa a pensar que ia receber uma mensagem anónima no seu maravilhoso Blackberry com a seguinte frase "hoje conheci-te no banco e és cá uma febra, papava-te toda". Para grande tristeza da Mia isso não aconteceu. Continuando, a dia 19, como a Mia não recebeu nenhuma chamada e precisava de utilizar o cartão, resolveu dirigir-se uma vez mais ao banco e desta vez foi atendida prai pelo chefe dos balcões. Quando chegou à sua vez, informou-o da situação e ele disse "a minha colega estava errada, podia ter utilizado o cartão no próprio dia. assim sendo, dirija-se à caixa multibanco que está lá fora e experimente alterar o pin do seu cartão". A Mia fez o que o senhor tão gentilmente pediu e, experimentou na primeira vez alterar o código e a operação não pode ser realizada, experimentou a segunda vez e também não deu, até que à terceira resolveu apenas pedir o saldo da sua conta e, surprise surprise, ficou sem cartão. Um pouco irritada com a vida voltou ao banco e foi falar directamente com o big boss. Ele respondeu-lhe assim "lamento, estas coisas acontecem e eu não percebo o porquê. vou-lhe buscar o cartão e voltamos a tentar". Ora, se um código não dá em três tentativas, muito provavelmente não será à quarta, e foi o que eles foram comprovar à caixa. Voltaram para dentro e ele disse que ia atribuir um novo código a esse cartão, minutos depois disse, "ah e tal, afinal não vou, venha cá amanhã que eu dou-lhe um novo código", muito calma da vida a Mia explica-lhe que é a única conta que tem e o único cartão, e como qualquer ser humano neste mundo capitalista, precisa de dinheiro. Assim sendo a solução que ele apresentou foi, atribuir um novo código, desta vez à caderneta da Mia, e assim ela podia movimentar a minha conta. A Mia vai a sua casa buscar a caderneta e volta, tão sorridente como uma batata murcha. O senhor dirige-se à Mia, atribui-lhe um código, a Mia assina mais uns 5papeis, entre 20 que assinou nesse dia, e ouve o seguinte conselho "agora dirija-se aquela máquina e actualize a sua caderneta". Tudo teria sido perfeito se a sua caderneta não fosse actualizada deste 1996, ou seja, aquela caderneta ficou cheia. Assim sendo ela volta ao balcão, praticamente fula, só praticamente, e diz "está cheia!". O senhor volta a dar uma nova caderneta, atribui um novo código, e afirma "agora é de vez, você vai lá fora, troca o pin e actualiza a caderneta. depois disto vai poder movimentar a conta". Mas aí está, o senhor é tão mentiroso quanto a primeira mulher e como qualquer promessa política. A Mia realmente volta à caixa, aquela merda não lhe pede código nenhum, não aparece a opcção alterar código e pior disso tudo, quando resolve actualizar, a caderneta fica novamente cheia. Ufa, vá Mia, é só mais uma vez que voltas lá dentro, voltas a falar com aquele simpático senhor, e só vais pedir uma vez mais uma caderneta e um código, muito simples. Assim foi, mais papeis, mais códigos, mais uma caderneta. Ela volta à caixa, volta a actualizar e ... finalmente, consegue movimentar a conta. The end!
Moral da história: não deixem de actualizar as vossas cadernetas da Caixa Geral de Depósitos desde 96, vai dar muito trabalho quando a quiserem "actual" até aos dias de hoje. O trabalho vai rondar uma média de 2:30h da vossa vida gastas em vão.
Beijos, Mia
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Os teus ultimos dias têm sido realmente interessantes. Mereces sem dúvida um fdsemana grátis num dos melhores spa´s de portugal.
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