quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Pânico dentro do Banco

Pânico dentro do banco seria um bom título para um livro, baseado na vida real, com uma personagem principal que podia, por mero acaso, chamar-se Mia. Por isso vou pegar na ideia e contar-vos uma história real, baseada na minha vida, e comigo como personagem principal. Já agora, o livro é de terror.
A 18 de Agosto, a Mia dirige-se a uma sucursal de um banco de seu nome Caixa Geral de Depósitos. Ia apenas para transferir dinheiro e para atribuir um código a um cartão que já o tinha, mas apenas não estava activo. Depois de 40 minutos de espera, é atendida por uma simpática funcionária que tinha praticamente as mamas de fora. Tirando esse pequeno pormenor exposto de uma forma escandalosa, ela lá fez a transferência, mas o que deu realmente problemas foi o cartão. Após minutos feito croma a olhar para um ecrã que devia dizer pouco mais que o nome (verdadeiro) da Mia e que tinha míseros euros disponíveis, ela resolveu dizer o seguinte: "cara p......, eu atribui-lhe um código ao cartão mas só poderá trabalhar com ele amanhã, mas eu ligo-lhe para a avisar assim que estiver disponível." Esperançosa a Mia regressa a casa a pensar que ia receber uma mensagem anónima no seu maravilhoso Blackberry com a seguinte frase "hoje conheci-te no banco e és cá uma febra, papava-te toda". Para grande tristeza da Mia isso não aconteceu. Continuando, a dia 19, como a Mia não recebeu nenhuma chamada e precisava de utilizar o cartão, resolveu dirigir-se uma vez mais ao banco e desta vez foi atendida prai pelo chefe dos balcões. Quando chegou à sua vez, informou-o da situação e ele disse "a minha colega estava errada, podia ter utilizado o cartão no próprio dia. assim sendo, dirija-se à caixa multibanco que está lá fora e experimente alterar o pin do seu cartão". A Mia fez o que o senhor tão gentilmente pediu e, experimentou na primeira vez alterar o código e a operação não pode ser realizada, experimentou a segunda vez e também não deu, até que à terceira resolveu apenas pedir o saldo da sua conta e, surprise surprise, ficou sem cartão. Um pouco irritada com a vida voltou ao banco e foi falar directamente com o big boss. Ele respondeu-lhe assim "lamento, estas coisas acontecem e eu não percebo o porquê. vou-lhe buscar o cartão e voltamos a tentar". Ora, se um código não dá em três tentativas, muito provavelmente não será à quarta, e foi o que eles foram comprovar à caixa. Voltaram para dentro e ele disse que ia atribuir um novo código a esse cartão, minutos depois disse, "ah e tal, afinal não vou, venha cá amanhã que eu dou-lhe um novo código", muito calma da vida a Mia explica-lhe que é a única conta que tem e o único cartão, e como qualquer ser humano neste mundo capitalista, precisa de dinheiro. Assim sendo a solução que ele apresentou foi, atribuir um novo código, desta vez à caderneta da Mia, e assim ela podia movimentar a minha conta. A Mia vai a sua casa buscar a caderneta e volta, tão sorridente como uma batata murcha. O senhor dirige-se à Mia, atribui-lhe um código, a Mia assina mais uns 5papeis, entre 20 que assinou nesse dia, e ouve o seguinte conselho "agora dirija-se aquela máquina e actualize a sua caderneta". Tudo teria sido perfeito se a sua caderneta não fosse actualizada deste 1996, ou seja, aquela caderneta ficou cheia. Assim sendo ela volta ao balcão, praticamente fula, só praticamente, e diz "está cheia!". O senhor volta a dar uma nova caderneta, atribui um novo código, e afirma "agora é de vez, você vai lá fora, troca o pin e actualiza a caderneta. depois disto vai poder movimentar a conta". Mas aí está, o senhor é tão mentiroso quanto a primeira mulher e como qualquer promessa política. A Mia realmente volta à caixa, aquela merda não lhe pede código nenhum, não aparece a opcção alterar código e pior disso tudo, quando resolve actualizar, a caderneta fica novamente cheia. Ufa, vá Mia, é só mais uma vez que voltas lá dentro, voltas a falar com aquele simpático senhor, e só vais pedir uma vez mais uma caderneta e um código, muito simples. Assim foi, mais papeis, mais códigos, mais uma caderneta. Ela volta à caixa, volta a actualizar e ... finalmente, consegue movimentar a conta. The end!

Moral da história: não deixem de actualizar as vossas cadernetas da Caixa Geral de Depósitos desde 96, vai dar muito trabalho quando a quiserem "actual" até aos dias de hoje. O trabalho vai rondar uma média de 2:30h da vossa vida gastas em vão.

Beijos, Mia

1 comentário:

  1. Os teus ultimos dias têm sido realmente interessantes. Mereces sem dúvida um fdsemana grátis num dos melhores spa´s de portugal.

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